CENTENÁRIO

Vou começar em breve,uma série de documentários sobre a história do SANTOS FUTEBOL CLUBE,muitas marcantes e memoráveis para cada torcedor.

SANTOS FUTEBOL CLUBE 100 ANOS DE GLÓRIAS
Um sonho chamado SANTOS

A fundação :

Em uma sala,em cima de uma padaria,nascia o clube que transformou o futebol brasileiro e encantou o mundo

 Um deles sugeriu "Concórdia".Outro falou em "África".E houve quem quisesse "Brasil Atlético". Essa foi a primeira divergência  entre dirigentes de um clube de futebol que havia sido criado,no dia 14 de abril de 1912, mas ainda não tinha um nome.Até que um deles , Edmundo Jorge de Araújo , pediu a palavra e foi direto : "SANTOS", que ganhou o sobrenome de origem inglesa,algo comum para época, "Foot-Ball Club".
  Ninguém ousou discutir e, por unanimidade, todos os participantes da reunião aclamaram que havia acabado de nascer o SANTOS FC, sonho de três esportistas de uma cidade que ja vivia de seu porto.
 Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior convocaram a assembléia para fundar o mais novo time de futebol da cidade na sede do Clube Concórdia, na Rua do Rosário, número 18 (Atual Avenida João Pessoa), numa sala que ficava em cima de uma padaria. Para a honra de ocupar o cargo de primeiro presidente, os fundadores do novo clube indicaram Sizino Patusca, corretor de café e empreendedor da construção da Catedral de Santos e do Santuário do Valongo,igrejas tradicionais da cidade.
 No início do século 20 , Santos ja emergia como um dos principais centros econômicos do País , graças ao porto e à exportação de café. Enquanto parte da elite santista praticava esportes como o remo, surgiam na cidade os primeiros clubes de futebol. Entre 1900 e 1910, dois deles tiveram certo destaque: o Clube Atlético Internacional, fundado em 1902 e extinto em 1910, e o Sport Clube Americano, fundado em 1903, que depois transferiu-se para São Paulo.
 O Santos só realizou o primeiro jogo oficial em setembro contra um "xará", o Santos Athletic Club. Venceu por 3 a 2, no campo da Avenida Ana Costa. Miúdo, apelido de Arnaldo Silveira, marcou o primeiro gol da história agora centenária do clube.

 * Curiosidade: A reunião que originou a fundação do Santos Futebol Clube ,contava com 10 esportistas,no dia 14/04/1912. 

Ainda sem Pelé, um time forte

A era de ouro do SANTOS é contada a partir da chegada de Pelé ao clube, depois do Campeonato Paulista de 1956. Mas bem que poderia englobar pelo menos outros dois títulos. Em 1955 e 1956, o SANTOS sagrou-se bicampeão paulista. Nomes como Del Vecchio, Tite e Pepe já faziam parte do time da Baixada Santista ser notado por seus rivais da capital. Quem viu garante: esse time facilitou a adptação de um menino de 15 anos vindo de Bauru...

                  O time bicampeão paulista, em 1956, sem a presença do REI.


Antes azul e dourado, Santos adota a "nobreza" e a "paz"

 O "alvinegro da Vila Belmiro", como canta o hino oficial do Santos, nasceu azul, branco e dourado, mesmas cores do Concórdia, clube que serviu de base para o nascimento do SANTOS. E só adotou as cores com as quais se tornou conhecido mundialmente por uma questão logística. A dificuldade de arranjar tecidos nas cores azul e dourado no ínicio do século passado fizeram os primeiros dirigentes santistas mudar para o preto e branco, as cores da nobreza e da paz, conforme argumento usado por Francisco Raymundo Marques, um dos fundadores, para convencer seus colegas da mudança.
 Os escudos santistas também acompanharam a alteração de cores. O azul, presente no primeiro distintivo, de 1912, saiu de cena. Uma remodelação total fez o Santos adotar o escudo que até hoje é usado.

                      Todos os escudos da equipe santista 

Em 1915, o modelo com uma coroa e um globo era o oficial. Ainda no de 1910, o Santos chegou a jogar partidas com o escudo União FC, utilizado para participar de torneios municipais. Nos anos 30, para tentar se aproximar das origens, o clube usou uma insígnia parecida com a primeira, só que em preto e branco.

           Escudo usado para participar de torneios municipais

 O escudo que ficou conhecido mundialmente passou a ornamentar a camisa nos anos 50. Na década seguinte,foram incorporadas as duas estrelas amarelas representando as conquistas dos mundiais de 62 e 63.

O Nascimento do mito

Dico vira Pelé, e SANTOS ganha o mundo.

Aos 15 anos, ele se apresenta à Vila Belmiro para imortalizar o clube e se transformar no Rei do futebol. 


 Se dependesse de dona Celeste, dificilmente o SANTOS teria o privilégio de ter lançado Pelé para o Brasil e para o mundo.Naquela época, em 1956, em Bauru, a família Arantes do Nascimento ainda lutava com muita dificuldade para manter o sustento da casa. Seu Dondinho, homem trabalhador, tinha dificuldade em conseguir um bom emprego porque passou toda sua juventude como jogador de futebol e não havia aprendido outra coisa senão fazer gols, a maioria de cabeça, sua especialidade na área.
 No entanto, numa jogada dificil contra um adversário, machucou o joelho e não teve mais a mesma valentia para chegar às redes.Continuou tratando o joelho, mas teve de encerrar sua carreira. Felizmente, a família era unida e todos procuravam ajudar.O Dico (nome familiar de Pelé) ainda criança, acompanhava o tio Jorge nas suas caminhadas pelas matas em busca de lenha para vender.As dificuldades continuavam, mas não havia desespero.
 O Dico, porém, só pensava em jogar futebol.Quando o tio Jorge o levava para assistir às peladas, ao voltar para começava a imitar os saltos acrobáticos do goleiro Bilé.Quando
 jogava com os amigos nas brincadeiras de rua, falava sempre do Bilé, mas todos entendiam Pelé e por isso acabou ficando conhecido como Pelé.Em pouco tempo passou a ser atração.Sempre por fazer gols sensacionais.

 Finalmente, Valdemar de Brito (um dos mais importantes jogadores do futebol brasileiro) pediu a Dondinho (pai de Pelé) para levá-lo, a fim de ser testado no SANTOS, onde tinha muitos amigos. Dondinho foi falar com dona Celeste, que foi contra.Achava Dico muito criança e também temia que seu filho se iludisse com o futebol ou se machucasse como Dondinho.A família oiderua ter nova decepção com o futebol.


Bolsos vazios - Para convencer dona Celeste, Dondinho chegou a prometer ficar alguns dias com o filho, em Santos.Pelé estava com 15 anos e só completaria 16 em outubro.Ao chegar a Satos ficou meio perdido nos primeiros dias.Pensou em voltar para Bauru.No entanto, sabia que o futuro da família dependia do seu sucesso.Pelé havia prometido à dona Celeste que todos os meses enviaria parte de seu salário para os pais e não podia decepcioná-los regressando de bolsos vazios.
 Nos primeiros treinos começou a se destacar.Apesar de franzino,exibia muita habilidade.Não tinha medo de entrar nas divididas e partia sempre a caminho do gol.Finalmente, ganhou o primeiro salário (pouco mais de Cr$ 2 mil) e mandou-o para dona Celeste.Estrou nos profissionais num amistoso em 7 de setembro de 1956,contra o Corinthians de Santo André.Entrou e fez um gol.O SANTOS venceu por 7 a 1.




 No ano seguinte ja era titular absoluto do time.As pernas estavam mais fortes.O peito começava a abrir e os músculos se desenvolviam, dando-lhe um corpo atlético.No fim do ano havia marcado 65 gols.O SANTOS começava a se destacar como um dos mais importantes times de São Paulo. Naquele mesmo ano,o Dico de dona Celeste já estava transformando no Pelé de todos nós.Por essa razão, acabou convocado para a seleção Brasileira e ganhou a Copa Roca.
 Em 58, foi campeão paulista,a Taça Osvaldo Cruz e mundial,na Suécia.Era o mais jovem jogador da Copa, com 17 anos.Até hoje Pelé considera o seu gol contra o País de Gales um dos mais importantes de sua vida. Em 1958,Pelé marcou 89 gols.Daí em diante,começou a sua caminhada de glória.
 O SANTOS, cujo prestígio se limitava ao Estado,tornou-se o time mais importante do Brasil e,mais tarde, do mundo ao conquistar dois títulos mundiais,em 1962 e 1963.
 Nas excursões ao Exterior,o Santos era exaltado e Pelé consagrado.O importante é que nada disso o transofrmou.Suas vitórias nunca mudaram seu comportamento. Nas renovações de contrato não criava problemas para o SANTOS. Preferia receber comissões sobre as rendas e manter um salário mensal regular. Por muitas vezes recebeu propostas para se transferir para a Europa,mas cortava o diálogo mostrando que sua alegria era defender o SANTOS.


Tumulto em Bauru, prisão em Dakar,expulsão de Pelé revertida e milésimo gol.


 Em 1963, por problemas musculares,foi liberado pelo clube e ficou em tratamento junto de seus pais em Bauru. Num domingo de sol forte,pela manhã,a delegação do SANTOS chegava a cidade para enfrentar o Noroeste. Pelé foi até o aeroporto para apenas rever seus amigos, pois estava sem jogar hà quase um mês. No entanto, o técnico Lula contou-lhe que estava sem vários titulares,inclusive Coutinho,e perguntou se ele poderia colaborar. Pelé voltou para casa,mandou a avó Ambrozina preparar uma comidinha e foi deitar-se para descansar.
 ás 14 horas foi para o campo.O Noroeste fez 1 a 0.Pelé empatou.Noroeste 2 a 1. Pelé 2 a 2. Noroeste 3 a 2.Pelé 3 a 3. Quando faltavam cinco minutos para o fim da partida,Pelé invadiu a área da equipe de Bauru driblando os zagueiros,e o árbitro Albino Zanférrari marcou pênalti.Pelé correu, deu uma paradinha e fez o gol.Depois desse lance, os jogadores do Noroeste correram para agredir o árbitro e houve tumulto geral. Para voltar até sua casa Pelé teve de sair em seu carro protegido por seis policiais a cavalo.
 Durante muitos anos o Santos foi atração internacional.Em 1967, em Dakar, uma multidão acompanhava Pelé desde a chegada ao aeroporto. Na porta do hotel, milhares de negros se acotovelavam para ver o jogador através dos vidros da portaria. De repente , a dona do hotel,uma francesa , furiosa com a aglomeração,resolveu chamar o grupo de "selvagens".Um policial de serviço prendeu a mulher.Seu marido vai ao distrito policial,mas não consegue liberá-la.Mais tarde, recebe informação de que somente com ordem de Pelé ela seria solta.
 O jogador é consultado,mas responde que "lamentavelmente a mulher foi ofender as pessoas que queriam me ver.Também me sinto ofendido com suas palavras de selvagem,pois sou negro. Acho que só eles é que podem decidir se ela deve ser liberada ou não". A milher ficou presa até a delegação do Santos seguir viagem.
 Em muitas cidades por onde o SANTOS andou,na maioria das vezes os ingressos se esgotavam antes da chegada da delegação.
 Num jogo na Colômbia, o juiz resolveu expulsá-lo,mas o público não concordou.Tumultuou com gritos e protestos,impedindo que a partida prosseguisse.A situação ficou tão ruim que o juiz foi obrigado a permitir que Pelé voltasse ao jogo,mesmo tendo sido expulso.
 A verdade é que,apesar de  sua consagração mundial,Pelé nunca modificou o seu comportamento.Jogou no SANTOS durante 18 anos.Seu primeiro contrato foi em 25 de junho de 1957(embora tenha começado a jogar em1956) e o último terminou em 4 de outubro de 1974.Participou de muitas festas.inclusive a do milésimo gol,quando o Maracanã chorou com ele ao ver a bola branca no fundo das redes de Andrada.
 Se um escritor quisesse fazer a história de um verdadeiro herói do esporte,por maior que fosse seu talento,sua imaginação não conseguiria buscar nada igual à caminhada de Pelé,do menino pobre de Bauru e sua gloriosa consagração no mundo inteiro.


* Curiosidade : 18 anos, jogou Pelé no SANTOS,sua despedida pelo peixe foi contra a Ponte Preta na Vila Belmiro,pelo Campeonato Paulista.

Os anos de ouro

Um time imbatível e Rei coroado

Dorval,Mengálvio,Coutinho,Pelé e Pepe, o ataque mais famoso da história do Santos, alicerce das glórias


 Dorval,Mengálvio,Coutinho,Pelé e Pepe.Não há amante de futebol que não conheça a história do ataque mais fantástico do SANTOS.O ataque da era de ouro. Foi com essa turma que Pelé se tornou Pelé.Foi com essa turma que o SANTOS se tornou SANTOS.
 Os companheiros de Pelé na linha de frente,que se tornou sinônimo de vitórias,recordes,títulos, futebol arte, costumam exaltar a categoria do Rei.Não é para menos.
 De 1958, ano do primeiro título com Pelé como titular e já com a linha de ataque formada, até 1974, quando só ele ainda reinava absoluto com o manto branco santista, foram quase três dezenas de títulos de alto nível - sem contar os inúmeros torneios de exibição e as famosas excursões pelo mundo, que encantavam torceores por onde o time branco passava.
 Pelé e o ataque mágico do SANTOS foram capazes de fazer mais de 100 gols em um campeonato e mais de uma vez.Foram capazes de conquistar seis títulos nacionais, mostrando a supremacia nacional da segunda metade dos anos 1950 e ao longo de todos os 1960. Com eles, o SANTOS emendou uma sequência de mais de uma década inteira com títulos de todos os anos.
 Entre os grandes rivais,a maior vítima do SANTOS de Pelé - talvez a preferida - era o Corinthians.Os 11 anos de tabu frente ao alvinegro do Parque São Jorge começaram em 1957 e só foram quebrados numa noite de março de 1968, no Pacaembu, com um 2 a 0 para o rival.
 Em depoimento recente, Carlos Alberto Torres, o capitão do tri do Brasil no México, descreveu a tristeza que se abateu no vestiário depois do fim do tabu.Mas contou que ela virou piada assim que os jogadores do SANTOS ouviram a torcida corintiana gritar, em tom de comemoração de título: "um, dois, três, o SANTOS é freguês"
 "Aquilo transformou nosso dia. Estávamos irritados e, de repente, todos passamos a achar aquela situação engraçada".


                 Marca registrada. O salto dando um soco no ar, uma patente do Rei


 Mas talvez uma das marcas mais expressivas do time da era de ouro tenha  sido uma conquista indidual de Pelé: o milésimo gol.


Milésimo. O pênalti cometido pelo zagueiro Renê, do Vasco, e convertido pelo camisa 10 mais famoso de todos os tempos aos 33 minutos da etapa final entrou imediatamente para a história.Do SANTOS, de Pelé. do futebol. "Pensem nas criancinhas" , disse um emocionado Pelé, carregado nos ombros e cercado pelos repórteres.
 O SANTOS em sua era de ouro foi tão marcante que foi capaz de parar guerras na África. O Congo, numa excursão do time em 1969, foi um dos países que parou um conflito armado só para ver Pelé e seu time cheio de craques desfilar com a bola.
 Para o time dourado nunca houve fronteira. Nunca houve barreira que não pudesse ser transposta. Nunca houve adversário que fosse imbatível.
 Que o digam os seis Brasileiros,as duas Taças Libertadores, os dois Mundiais e os 11 Campeonatos Paulistas.


*Rotina. 53 troféus entre títulos e torneios amistoso o SANTOS conquistou desde a chegada de Pelé à Vila Belmiro, em 1956,e sua despedida com a camisa alvinegra, em 1874.


* Você sabia? A comemoração dando soco no ar de Pelé,foi feita pela primeira vez como um gesto de raiva e protesto para a torcida adversária num jogo no Estádio Rodolfo Crespi, em desabafo ao terceiro tento que ele marcou naquele distante domingo, 02 de agosto de 1959, na vitória do SANTOS FC diante da equipe do Juventus pelo placar de 4 a 0, o outro gol foi de autoria de Dorval..

Último ato

O adeus mais triste do futebol

Pelé se despede do Santos e encerra um legado vitorioso de 18 anos em que acumulou 1.091 gols

 "Pelé saiu do futebol, chorando." Foi com essa manchete que o Jornal da Tarde do dia 3 de outubro de 1974 narrou os últimos minutos do Rei do Futebol como jogador do SANTOS.
 "Ontem, no campo da Vila Belmiro, em Santos, Pelé jogou 22 minutos de futebol e parou. Ajoelhou-se no centro do campo, ergueu os braços para as gerais lotadas (umas 20 mil pessoas) , e depois saiu do campo chorando."
 Pelé se despediu do clube que defendeu por 18 anos e marcou 1.091gols em 1.116 jogos num jogo oficial válido pelo Campeonato Paulista de 1974.
 Numa Vila Belmiro apinhada de gente, noite de quarta feira, ele desfilou em campo por apenas 22 minutos quando percebeu que não tinha mais condições de atuar. Comoção geal, da torcida e do próprio Pelé. Ele deu volta olímpica cercado de jornalitas, fotógrafos , penetras e torcedores, e desceu para os vestiários sem camisa.

O adeus. Pelé na sua despedida pelo SANTOS em partida contra a Ponte Preta na Vila.


 A Vila reverenciava pela última vez o seu maior jogador. O que ocorreu depois no jogo pouco importou. Enquanto o SANTOS vencia a partida (placar de 2 a 0), Pelé deixou o campo e seguiu o ritual. "No vestiário, depositou cuidadosamente seu uniforme que usou durante 18 anos, vestiu-se e saiu às pressas do estádio"
 Esta não havia sido a primeira, nem a última despedida do Rei. Ele tinha feito dois jogos para decretar o fim de sua era pela seleção brasileira, um em São Paulo, outro no Rio.
 E faria uma outra. Depois do Santos, Pelé atuou por dois anos no Cosmos, dos Estados Unidos. E no dia 1º de outubro de 1977, cercado de amigos da época do SANTOS e por outros astros do futebol, veio o adeus definitivo.


Lula,o técnico recordista da era mais gloriosa




 Luiz Alonso Peres, o Lula, comandou o SANTOS por toda a era Pelé. Foram 14 anos, ou 961 jogos. é o treinador que mais vezes dirigiu o time e que certamente jamais será ultrapassado. s principais títulos do clube foram conquistados sob seu comando : Oito Paulistas, cinco Taças Brasil, res e dois Mundiais. Como todo técnico de supertimes, foi subestimado e tinha fama de gostar de um certo misticismo huteiras de Pelé de pó branco e gostava de ouvir uma mãe de Santo da Praia Grande. Morreu em 1972, aos 50 anos.

Era de incertezas

Duas décadas de fila e crise financeira
Depois do Paulista de 1984, o declínio técnico,a falta de títulos, e a beira da falência

 Por quase 20 anos, o Santos dominou o futebol brasileiro, mas também por quase 20 anos, depois da era de ouro vivida sob a batuta do time de Pelé, amargou o período mais difícil de sua história.
 De 1984 até 2002, o clube passou por uma crise que englobou falta de dinheiro para montar equipes conpetitivas, apostas erradas, contratações e transferências fracassadas, poucas revelações nas categorias de base e, sobretudo, a falta de títulos de relevância.
 "A situação financeira era ruim, como também foi em 2000. Tudo muito difícil, era uma realidade muito diferente da atual", conta Marcelo Teixeira, um dos oito presidentes que se alternaram no poder nesses 18 anos de seca.
 Na era pós=Pelé, as décadas de 1980 e 1990 foram o momento mais complicado para o clube. Desde que o Rei deixou o time em 1974, até o fim do jejum, em 2002, com a geração de Robinho e Diego, o SANTOS conquistou 
apenas dois títulos: os Paulistas de 1978 e 1984.


 Tempos difíceis. O goleiro Sérgio Guedes e Paulinho McLaren no ínicio dos anos 90
 
 Dali em diante, o máximo que o time conseguiu foi abocanhar pequenos torneios amistosos, um Rio-São Paulo (1997, já sem o prestígio que teve nas décadas de 50 e 60), uma final de Estadual e um vice Brasileiro. 
 Nesses 18 anos, o clube oscilou períodos em que alternou apostas em desconhecidos e na montagem de equipes em que reuniu medalhões. Nada dava certo e o SANTOS parecia destinado a se apequenar, ou viver apenas de seu passado glorioso. Os gritos provocativos dos adversários de "viúva do Pelé" machucavam os santistas. Mas nem todo mundo encarou assim.
 "Acho que o SANTOS não teve momento tão ruim em 90 como em outras épocas. O SANTOS é assim, conhecido mundialmente pela década de 60. Antes de 60 só teve dois grandes títulos, em 35 e 55. Depois disso veio a época de ouro, dos anos 60. Se você analisar a história, o SANTOS nunca teve uma sequência de títulos, fora nos anos 60 e agora. Essa nova década de ouro vem desde 2002 até hoje", provoca Marcelo Teixeira.

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